VI
Chris
tirou um lenço do bolso e secou a testa. Finalmente chegou até o prédio de Desenvolvimento
e Pesquisa da Academia Aurum. E sem ninguém parar e perguntar o que diabos
estava levando.
Menos
um garoto ruivo de tinturas. Ele riu, as crianças estavam cada vez mais
estranhas. Mas o garoto não perguntara o que carregava e sim se estava pesado.
E
sinceramente, estava.
Agora
Chris se encontrava no hall de entrada do local, impaciente. Queria mostrar a
todos o que conseguia fazer. Apresentar sua pequena criança, e sem vender
patentes desta vez.
No
chão do centro do hall havia uma engrenagem dourada pintada, com os dizeres Metalum,
Scientae, Aurum embaixo.
Metal, conhecimento e
ouro.
Era óbvio, só estava em latim, coisa que poucos conheciam. Metal, o futuro.
Conhecimento, para fazer aquele metal virar ouro. E ouro também que é o que
vale a mensalidade daquela maldita instituição. E ninguém lhe oferecera um copo
d’água.
No
teto pendia uma réplica daquilo que chamavam planetário. As bolas flutuando por
fios de cobre, Júpiter gigantesco, e o sol amarelo. A Terra era tão pequena e
tão frágil, uma bolinha azul.
Nas
paredes havia fotos de grandes inventores e cientistas revelados ali, inclusive
aquele ser desprezível que levara os créditos pelo mecanismo de relógio. Queria
sua imagem ali, só pra começar. Logo viriam jornais. Mais dinheiro, e
consequentemente, mulheres, vadias ou não. Não se importava muito.
Depois
da pintura de engrenagem, vinha uma mesa enorme de mogno, onde duas secretárias
trabalhavam, indo e vindo. Há meia hora ele conversou com uma delas solicitando
a presença urgente do chefe do Departamento, e ela disse que só com hora
marcada. Chris teve que mentir um pouco, mas conseguiu que ela chamasse o
homem.
O
sentido de “urgente” parecia distorcido para engenheiros, dada a demora.
Atrás
da mesa havia as escadas, duas, que rasgavam o andar do teto ao chão. O lugar
era silencioso e agradável, mas tudo parecia impacientar Chris, e não o
contrário.
Fitou
seu protótipo coberto por um pano branco. Seu filho. Sua criação. Sentia-se um
tanto mal por apresentá-lo tão depressa, mas precisava. A ânsia por finalmente
ser reconhecido…
Deveria
tomar certos cuidados, porém. Não permitir análises profundas, nem explicar
direito o sistema de energia. Sentia que não deveria mostrar aquela esfera para
ninguém.
Chris
se absorvera tanto em pensamentos alheios que só reparou o homem quando ele lhe
chamou.
—
Senhor Fairmount, espero não tê-lo entediado muito. – O senhor gordo chegou
perto dele. – Sou Bernard Ornwell, chefe do Departamento de Engenharia
Mecânica. – estendeu a mão rosada sem luvas e Chris a apertou.
—
Prazer conhecê-lo.
Era
gordo e rosa como um porquinho, Chris quase riu. Os olhos eram azuis e
pequenos, e usava um chapéu coco. Os cabelos eram muito brancos e curtos.
—
Este é seu resultado? – Ornwell apontou o pacote branco.
—
Sim, mas preferiria se pudesse demonstrar em um laboratório, não aqui.
—
Claro. Acompanhe-me. Vou pedir uns rapazes para transportar seu protótipo.
Chris
piscou. Eles iam mesmo ver a demonstração sem pedir nenhum documento provando
que a coisa funcionava?
—
Por que está me olhando assim, Fairmount? Eu acredito no seu potencial. E eu sei que quem inventou o mecanismo Ristevski
foi você e não o maldito Ivan
Ristevski. E se eu soubesse, Christopher, eu teria te impedido de vender aquela
patente. – Ornwell disse pausada e calorosamente.
Chris
sentiu o rosto esquentar. Não era vergonha, era algo diferente. Como se fosse a
primeira vez que alguém acreditava nele e o apoiava. Então ele sorriu,
verdadeiramente.
Os
rapazes eram realmente rapazes. Moleques, aliás. Reclamaram que estava pesado
demais para subirem as escadas e quase, Deus,
quase deixaram o autômato cair.
Chris
ajudou-os, sempre pedindo cuidado e sempre sendo ignorado. Ornwell pediu para
que os levassem até o anfiteatro, que por sorte ficava no segundo andar. Depois
ele desapareceu alegando que ia procurar outros doutores.
A
sala era grande, com várias cadeiras ao redor, em níveis cada vez mais altos.
Mas estava vazia naquele instante.
Foram
abandonados dentro da sala, e logo depois os mestres começaram a entrar.
Entediados e com sensação de obrigação.
Ele
sentiu a garganta secar. Deveria provar para todos aqueles doutores em
engenharia mecânica de que ele, o filho de um carpinteiro, autodidata, que
nunca frequentou escola alguma e tinha uma relojoaria caindo aos pedaços no
centro de Rhenium Valley, desenvolvera um real autômato que seguia um padrão
descrito por um programa.
—
Pode começar, Fairmount. – Ornwell pediu, sorrindo.
●●●
Chris
acabou de explicar todo o funcionamento complexo de seu autômato para a banca
de cientistas. Falou o mínimo que pôde sobre o sistema de energia, e deu a
entender que era elétrica, armazenada numa cápsula. Eles entenderam. Estavam
famintos para ver a coisa funcionando, e Chris sabia que eles não prestaram
muita atenção na programação que desenvolvera.
Então
ele girou a manivela que ativava o autômato, e as luzes dos olhos se acenderam.
Automaticamente,
o boneco de lata se levantou do apoio e deu um passo, e mais um.
—
Programei para andar e pegar um objeto em minhas mãos. Ele sabe qual objeto é,
e o persegue. – Chris acenou com um livro diante dos olhos de vidro, e o
autômato o seguiu, andando suavemente, quase humano. Pegou o livro e andou de
volta até o suporte.
Chris
olhou os cientistas, que estavam paralisados. Admiração? Medo? Os dois?
—
Então, a humanidade finalmente criou uma coisa que os religiosos não vão enfiar
o deus no meio, até que enfim. – Ornwell disse.
Os
outros homens riram.
—
Garoto, você acabou de fazer história por aqui, e eu achei seu sistema de
programação interessante… poderia desenvolvê-lo mais? Tarefas mais complexas? –
um dos cientistas na bancada questionou.
A
bancada era uma mesa comum, com cinco homens além de Ornwell. Eles decidiam se
um projeto seria aprovado e desenvolvido ou não.
—
Sim, pretendo fazê-lo. Bem, se a Academia ajudar, porque recebi uma carta ontem
dizendo que estavam cortando as ligações comigo… – Chris tentou soar divertido,
mas estava com borboletas no estômago.
—
Quem foi o babuíno responsável por
esta carta? – outro cientista riu. – Claro que vamos financiar tudo, Fairmount.
E podem trazer um jornalista. Não, traga um de cada jornal. O mundo precisa
saber dos seus autômatos.
●●●
Chris
estava na sua loja duas horas depois. Deu entrevistas para uma dúzia de jornais
e estava tonto por tantos flashes de câmeras fotográficas. Estava feliz, mas
uma coisa ainda lhe trazia uma ponta da realidade.
Ornwell
lhe perguntara em quanto tempo poderia produzir autômatos em série.
Chris
não soube responder. Só tinha uma esfera de energia, certamente só um
funcionaria.
Ligou
sua máquina de novo. Teve que fazê-lo pegar o livro de sua mão mais algumas
vezes, e talvez repetiria o processo infinitamente nas próximas semanas. Seus
dias seriam corridos e lotados de assédio, assim um jornalista lhe dissera.
Voltou
ao tema da produção em série.
—
Eu não sei como vou fazer você se multiplicar, sabe. – disse ao boneco. – acho
que nunca conseguirei outra esfera dessas. E se eu disser sobre a tal esfera,
vão estudá-la, e você talvez… nem funcione mais. Talvez o roubem de mim.
—
Não podem me roubar de você.
As
pupilas de Chris se contraíram. Estava louco o suficiente para ouvir seu
invento falar?
—
Você… falou?
—
Sim. – a voz era meio humana, meio mecânica. – desenvolvi fala, e um pouco mais
de coordenação. – a criatura se levantou, mexeu os cinco dedos articulados. Os
movimentos eram sutilmente mais humanos.
—
Como?
—
O Orbe está me evoluindo.
—
Orbe?
—
Meu coração. – ele apontou o peito metálico. – vou evoluir mais. Mas devagar.
—
Evoluir a que ponto?
—
Até onde mandar, pai. Pediu-me para
reproduzir, reproduzir-me-ei. Ainda não consigo, no entanto.
Um
calafrio gelado passou pela espinha de Chris.
—
Certo, filho. Preciso olhar umas coisas em você. Terei que desligá-lo. – ele
disse suavemente.
—
Sim. – ele voltou para o apoio.
Chris
desligou-o, e tirou a esfera do centro do tórax.
Olhou-a
por um longo momento. Evoluir
significava que sairia de seu controle algum dia. Assim como um anjo saiu do
controle de Deus e… será? Uma esfera que despencou do céu, sem procedência, e
com poder para evoluir coisas, torná-las animadas…
Seria o poder de um
deus?
Era
tão pequeno, cabia em sua mão. Como podia ser tão poderoso? Confusão tomou
conta de sua mente, e um monte de E se…?
Vieram.
E
se saísse de seu controle?
E
se aquilo o arruinasse ao invés de ajudar?
E
se ferisse pessoas?
E
se desistisse?
E
se jogasse aquela esfera… orbe… no
rio Ruby?
E
se não aparecesse com mais autômatos?
E
se descobrissem que tudo era por culpa daquela esfera…?
Chris
deixou o orbe cair no chão e entrou no pequeno banheiro, abrindo o chuveiro até
travar e entrando na água fria. Ainda de roupas, de sapatos. A esfera não se
quebrou, caiu com um baque surdo.
Ele
ficou ali esfriando os nervos até que sua mente ficou limpa e as questões
sumiram. Havia uma única realidade ali agora.
Os
jornais já sabiam do que ele fizera, e amanhã ao meio-dia, ele já seria o maior
cientista vivo de todo aquele país.
E
aquilo não podia ser desfeito.
●●●
Theo
tamborilava os dedos na mesa.
—
Dá pra parar com isso? – Archie franziu o cenho.
—
Não. Aqueles três…
—
… conseguem se virar sem você. São príncipes não é? Então sabem mentir e
enrolar pessoas, e ainda por cima são magos.
—
Você podia falar mais na presença deles, seu maldito. – dessa vez Theo se virou
pra trás.
—
Steamwork. – O professor de álgebra não era bonzinho como o de inglês.
Theo
voltou-se pra frente já com uma desculpa, mas alguém bateu na porta.
Furioso,
o professor alto e magrelo abriu, e deu de cara com a intendente de
transferências.
—
Alunos transferidos? Não soube deles. – ao ouvir isso, a garganta de Theo
fechou.
—
Eu não avisei disso, acho que me esqueci – ela sorriu, sem graça. – mas bem,
eles vieram hoje. Agora são seus. Podem ir.
O
primeiro a entrar foi Pyro. Depois Lílian e Lyra. Nenhum deles demonstrou
acanhamento. Eles eram acostumados com pessoas encarando o tempo todo. Pyro
conseguiu um lugar vago no extremo oposto de onde Theo se sentava. Lílian se
arranjou no meio da sala e Lyra cravou os olhos azuis na mesa ao lado da de
Theo e se sentou ali. De acordo com Lílian, ela era burra feito uma porta, e se sairia muito mal em qualquer pergunta
que fizessem a ela.
E
Archie e Theo deveriam ajudar de qualquer modo.
—
E vocês são… – o professor começou.
—
Thrower
—
Thrower também – Lílian acrescentou.
—
Watari.
—
Irmãs?
—
Primas. – as duas disseram junto, e algumas pessoas riram.
—
Vieram de onde?
—
Somos de Yttrium. Da Argentum. – Pyro disse como se fosse realmente de lá.
—
Ouvi falar que a Argentum não chega aos pés de nós aqui, Watari. Vamos ver se é
mesmo. – ele sorriu. Eu vou dar aulas de álgebra aplicada. Espero que já
conheçam esta matéria, e se não, peçam aos colegas os cadernos e exercícios.
Os
três assentiram. A naturalidade deles era incrível e Theo olhava de um para
outro, incrédulo.
—
Eles sabem se virar sem você,
Theophilo. – Archie zombou.
—
Cala a merda da boca. – Theo olhou de viés pra trás e reparou onde exatamente
Lyra se sentara.
A
mesa dela ficava entre Theo e Tom Redworn, mas ele ainda ficava um pouco atrás.
O ruivo estava indiscretamente boquiaberto procurando algo embaixo da mesa de
Lyra.
Theo
sentiu algo definitivamente estranho
quando percebeu que ele olhava as pernas dela. Ele sentia aquilo quando o
próprio Tom cantava sua irmã. Um misto de ódio com… ciúmes.
Balançou
a cabeça para largar isso de lado. E voltar aos números. Aqueles números que
ele tanto odiava. Archie não tinha problemas com eles, bem pelo contrário.
Talvez fosse por isso que ele estava tão animadinho. Amava aulas de álgebra e
física. E se estripava nas de inglês.
O
sino do almoço soou, e Lyra se assustou muito. Aparentemente ela dormia com o
rosto apoiado no braço. Olhou diretamente para Theo, que se espreguiçou e
levantou.
—
Vamos embora? – ela parecia animada.
—
Não. Almoço. – por cima dos olhos dela, ele viu Tom examinando-a. Raiva
borbulhou em seu estômago, e ele não sabia direito por que.
Lílian
ficou algum tempo explicando para três meninas sobre seu cabelo. Estava se
divertindo com a história que inventara.
Theo
notou que Lílian e Pyro não se incomodavam ou expressavam suas reações quanto
ao mundo novo, mas Lyra não. Ela não fingia tão bem. Sempre procurava Theo ou a
prima quando encontrava algo estranho à sua cultura. Ela era mais inflexível,
mais teimosa, mais rude. Então os Thrower eram assim, os de Raython, pelo
menos. Ela também não se importava quando os garotos mandavam um eventual
gracejo, ao contrário de Theo. Isso estava irritando-o bastante, principalmente
porque por algum motivo ela não saía de perto dele.
E
sempre que olhava ao redor, encontrava os cabelos crespos de Tom.
Perto
demais.
●●●
Estranhamente,
naquele dia o Sr. Steamwork olhava mais para dentro da sala do que para fora,
Rutherford concluiu depois de meia hora de aula.
Mas
isso não queria dizer que ele prestava atenção, o que o professor ainda achava
uma lástima.
Atribuiu
aquela mudança a certo trio de crianças novatas peculiares. Um garoto de
cabelos indescritivelmente vermelhos e olhos azuis escuros, uma menina
sorridente de maria-chiquinha alvíssima, e sua prima, uma entediada moça de
olhos azuis como céu e um manto de fios negros caindo pelos ombros.
Principalmente esta última, que ele não parava de olhar.
Estava
incomodado. Rutherford com certeza riria disso sozinho depois. Se para Theo, não, Steamwork, a atenção estava naquela
Thrower, todos os demais olhavam os
cabelos brancos da menina de
maria-chiquinha.
Rutherford
decidiu não perguntar o motivo da falta de cor. Talvez ela se sentisse
desagradável em dizer, então ignorou isso a aula toda. Também não questionou
nada sobre de onde vieram ou o que sabiam. Todos os outros professores fariam
isso por ele, e não queria deixá-los cansados disso.
Só
perguntou seus nomes. Nomes diferentes, com poucas sílabas. Lyra, Lílian, Pyro.
Era estranho num lugar onde comumente os nomes tinham mais de sete letras e só
se usava apelidos nas crianças. Eram nomes práticos, os daqueles novatos,
fáceis de falar e decorar. Como que se fosse para esse propósito, que ninguém
os esquecesse…
Rutherford
terminou sua aula, a última do dia. Juntava seus papéis calmamente quando viu
os três novatos se juntarem a Archibald Leadengear, que recebia colas terríveis
ou então sua nota seria duas vezes menor, e Steamwork. Pareciam se conhecer.
—
Theophilo. – Rutherford chamou. – Seu livro, embaixo da mesa.
Ele
se virou, e o professor notou uma das lentes dos óculos trincada. Obra de
Redworn, sabia. O ruivo observara a Thrower morena durante boa parte da aula
também, e Rutherford não queria receber notícias ruins da enfermaria quanto a
isso.
—
Me esperem! – Theo voltou correndo para sua mesa e tirou o livro de lá.
Rutherford sabia qual era, pedira o aluno para mostrar um dia. Certo volume de
literatura que mal vendeu cinquenta cópias.
Algo
estava errado. Steamwork nunca largava aquele livro. Bem, talvez algo esteja
distraindo-o mais que a descrição de uma moça em uma página amarelada.
Talvez
uma moça de carne e osso, afinal, Theo era só um garoto.
—
Obrigado, professor. – ele disse e saiu.
Rutherford
riu, lembrando-se da própria mocidade.
●●●
Theo
pedira Lyra para esperá-lo, e lá estava ela.
As
aulas foram incrivelmente chatas, não só porque ela não conhecia nada do que
era falado. Havia ainda um ruivo sardento olhando demais suas pernas e Theo que
parecia ter um tique nervoso de olhá-la a cada cinco minutos para conferir se
estava lá.
As
contas de álgebra, ela se lembrava de algo assim nas suas aulas em Raython. Um
pouco de gramática também. Aquilo que eles chamavam de Física ela fazia com
magia, e a aula sobre plantas foi precisamente entediante.
—
Olá Thrower.
Lyra
se virou com o cenho franzido.
—
Te conheço?
Era
o ruivo altão sardento. Sardas ficavam bonitas em menininhas, quando eram
poucas. Em homens e em excesso era algo detestável.
—
Tommenson Redworn, mas só me chame de Tom. Eu sou da sua turma.
—
Ah, sim. O que foi? – ela era rude naturalmente.
—
Nada, eu só queria saber, se – ele apoiou a mão na parede, lançando um olhar… que maldito olhar era aquele, pelos deuses?
– Você queria sair hoje, algo assim, comigo, e mais algumas pessoas… – Lyra
percebeu que ele não levaria ninguém.
—
Não. – cortou. – Não vou sair com você.
– ela expressou bem o asco. – Aliás, eu já vou sair com alguém.
—
Quem? – Tom tirou a mão da parede e fechou em punho.
Lyra
viu Theo saindo da sala.
—
O Steamwork. – ela puxou o braço de Theo junto ao corpo e saiu pisando forte,
sem olhar pra trás.
—
Hey, Lyra! Que foi isso menina? – Theo tentou se soltar do braço dela, mas era
impossível. Como ela podia ser tão forte?
—
Aquele ruivo estranho queria sair comigo daí eu disse que ia sair com você e
pretendo manter a mentira até eu voltar pra casa. – ela disse de uma vez, sem
pausas.
—
Tom? Você o que? – ou Theo estava
surdo, ou acabara de ouvir uma sentença de morte.
—
Eu disse que ia sair com você, algum problema nisso? – ela o encarou. Os olhos
eram azuis demais, fortes demais, bonitos
demais.
—
Não. – Theo desceu as escadas, e céus,
ela ainda estava agarrada ao braço dele. – Mas é que o Tom tem vácuo no lugar
do cérebro e entenderá isso como uma afronta. Certamente vai me partir ao meio.
—
Parta ele antes, oras.
Theo
riu. Como se fosse fácil bater naquele monstro.
—
Você é quase da altura dele, tem os braços fortes também, só aplicar os golpes
certos e-
—
Lyra. Eu não vou brigar com Tom. Por favor.
Eles
saíram do prédio.
—
Tá bom então. Sabe correr né?
Theo
riu. Aprendeu a correr com Tommenson, e quase se orgulhava disso. Tinha bons
tempos nos cem metros com barreira.
—
Onde vocês estavam? – Lílian perguntou assim que eles se aproximaram, e Theo
pôde ler nos seus olhos élficos algo como “mas
já Lyra?”
—
Pode me soltar, sabe. Tom está procurando os colegas sem cérebro dele, vai demorar
a descer e me matar.
—
Hein? – Liv chegou quando Lyra soltou Theo. – Tom de novo?
—
Certa princesa disse que eu ia sair com ela para não ter que sair com ele. –
Theo sorriu.
—
Oh. – Liv tapou a boca. – Então é melhor corrermos, hã? – ela se dirigiu
rapidamente pra fora, e logo os outros foram atrás.
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Ctrl+a realmente ajuda, espertinho.
Pode parecer que não, mas há uma coisinha escondida no texto.
Como minhas férias estão chegando, os eggs que realmente importam estão vindo :D
paciência :3
E os jogos começaram \õ/
Well, se você está perdido, gafanhoto, a luz está nessa minha journal do DeviantArt. E, claro, nas imagens escondidas.
Well, se você está perdido, gafanhoto, a luz está nessa minha journal do DeviantArt. E, claro, nas imagens escondidas.
Vocês podem baixar o PDF do capítulo aqui: http://goo.gl/fK8l7N
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E participar do grupo de Legend no facebook: https://www.facebook.com/groups/trilogia.lor/
Lembrando os pdf's tem uma imagem diferente e o primeiro tem a Apresentação :3
até a próxima minha gente.
Kamila,
ResponderExcluirME perdoe pelo vocabulário, mas suas ilustrações estão cada vez mais fodas!