Sobre Magos Elementais



O enorme post sobre magos elementais.

Sem spoilers.

Como escrever isso sem soltar um spoiler de Ethernia? Ele nem é assim tão importante, vá. Aliás, é meio óbvio. Vamos tentar.

Uma boa parte das coisas tem maiores detalhes no segundo livro da série, Maldição.
Em Ethernia, eu só falo de Phyreon e Lothus.
Vamos começar pelo começo:

O que diabos são Magos Elementais?

Eles são humanos. Que sabem magia. Simplesmente isso.
Mais detalhes? Certo. Quando houve a Primeira Queda de Thalion, ele profetizou que voltaria, e até lá, deixaria meia dúzia (ou quase isso) de humanos para vigiar as coisas. Esses quase meia dúzia são os Magos Elementais.

Como diferenciá-los?

É impossível você reconhecer um mago quando ele nasce. Por isso existe a marca. A gemarkeerd.



A marca aparece randomicamente no corpo do mago, e assim temos gente com marca na testa (Carolline Larck, da geração de Lyra, Lílian e Pyro) e temos gente com marca nas costas (Lothus) e em qualquer lugar que imaginar. Até onde o sol não bate.

Os elementos

Eles não são chamados elementais à toa porque obviamente eles controlam elementos.
Cada família controla um elemento específico:

Água – Malter
Raio – Thrower de Raython
Fogo – Watari
Vento – Larck
Terra – Thrower de Ethernia

Desse modo é que os impérios são divididos também, cada família pega um. Em algumas gerações já deu briga, já deu guerra, já deu toda a sorte de confusão, mas nunca houve um caso de um império tomar totalmente o território de outro.

Voltando aos elementos, não há disso de um ser mais forte que outro. O que determina se um mago é mais poderoso é só seu conhecimento. Um mago do fogo pode muito bem se sobressair a um da água e vice-versa.

Um mago da terra pode aprender magias de fogo? Claro que pode. Só é mais difícil, porque cada elemento tem uma afinidade. Assim:

Fogo: (mais afim) raio – vento – terra – água (menos afim)
Raio: fogo – água – vento – terra
Vento: tudo. Isso mesmo, magos do vento tem afinidade ótima para todos os outros elementos. Isso é algo que eles sabem, mas escondem.
Água: terra – vento – raio – fogo
Terra: água – fogo – vento – raio

Desse jeito, os magos da água são péssimos pra manejar fogo, mas bons para desmoronamentos e os de terra são uma negação para criar faíscas, mas aprendem fácil a congelar um copo cheio de água. Eles conseguem dominar o elemento oposto se quiserem e tiverem determinação acima da média.

O problema é que eles nunca querem.

Os magos também podem dominar os dois outros tipos de magia: as élficas e as espirituais.

Magias élficas são aquelas mais gerais: a Sellphir, magias para disfarce, runas de poder, magias psíquicas e todas as outras arquivadas nas bibliotecas élficas. Muitas se perderam durante a Primeira Queda, e muitas outras foram banidas. Geralmente elas têm um canto em élfico.

Magias espirituais são basicamente exorcismos e invocações de espíritos. Foram desenvolvidas pelos clãs de espiritualistas desde a Primeira Era, e precisam de um canto em uma língua própria. Phyreon me recitou alguns versos nessa língua um dia desses… eu ri e disse “mas isso é latim, não tem nada de mais no latim…”.

Todos os magos são obrigados a conhecer magias élficas, e nenhum é obrigado a saber as espirituais. Aliás, só Phyreon e aquelas maguinhas super estudiosas do vento é que manjam. Fora alguns poucos e raros elfos.

Ethernia, página 89



As Famílias

Existem cinco magos elementais por geração e quatro famílias.

Como assim cinco magos e quatro famílias? Por quê?!

Oras. Porque nasceram dois Thrower, Phyreon e Lothus.

Disso eu sei, mulher. Por que nasceram Phyreon e Lothus na mesma maldita família?

Porque sim! Olha, eu não quero dar spoilers. Cale a boca.

As famílias são:

Malter, que nasceram no condado de Mizu.
Larck, que nasceram perto do Vale dos Dragões.
Watari, que são das terras devastadas de Magma.
Thrower, originários do vilarejo de Raython, no focinho dos elfos.

Note que Draak não existia, tampouco Ethernia. Nathaniel Malter expandiu Mizu, Milla Larck fundou Draak, Phyreon reuniu todos os vilarejos onde não parava de chover, Lyonnel disse que tudo que era deserto e estéril era dele e Lothus caiu em cima de um pasto que resolveu chamar de Ethernia, e foi anexando terras de Mizu e Draak que os donos não queriam.

Claro que com o tempo, o nome das primeiras famílias iam sumir, perdidos entre os casamentos. Por isso há uma regra mofada: Todo mago elemental tem o sobrenome do primeiro mago.
Por isso temos Larcks e Wataris e Malters até hoje.
Vide Lyra e Pyro.


Brigas, guerras e confusões em geral

Há algumas rixas elementais. Uma delas é aquela inerente a magos do raio e do fogo, e isso começou na Primeira Era com Lyonnel e Phyreon. Os dois não se davam bem por nada no mundo porque queriam comer a mesma guria e a coisa se perpetuou por séculos. Apesar das exceções, Magos de fogo e raio ainda continuam brigando muito quando perto um do outro.

A maior das disputas foi entre Phyreon e Lothus Thrower, que arrastam uma briga de família há tanto tempo que ninguém nem se lembra mais como começou, nem os dois.

Também já tivemos conflito entre Magma e Draak, que disputavam meia dúzia de árvores na divisa. Phoenix Watari morreu naquela época e seu filho Housenka herdou o conflito.

Foi assim que ele e Windy se conheceram… e começaram outra confusão.


Casamento entre magos

Isso EXISTE?

Bem, até poucos anos atrás, não, isso não existia. Até o belo dia em que chegou um memorando na mesa de Phyreon que era nada menos que o convite do casamento entre Windy Larck e Housenka Watari, os magos imperadores de Draak e Magma, respectivamente.

Nesse dia teve até conselho entre os magos para que os noivos respondessem uma pergunta só: MAS QUE PORRA É ESSA?!

Vocês sabem que quando duas famílias donas de terras se unem por casamento há uma união entre as terras… ou quase isso. O que os dois iam fazer? Fundir Draak com Magma? Mas isso não existe!
Foi muito estardalhaço, muita briga, muita confusão e ameaça de morte (além do fato que Phyreon e Lothus estavam na mesma sala depois de uns 300 anos, imagine) mas no fim tudo deu certo. Os dois nunca quiseram juntar terras mesmo.

Aliás, eles se casaram, mas moram em impérios diferentes. Nada que a Sellphir não resolva.


As gerações

Essa é a parte interessante e também complicada.

Magos são divididos em gerações. Sempre usa-se uma referência “Da geração de Fulano de Tal” ou “Da x geração incompleta”.

Primeiro vou explicar o que é uma geração completa: é quando nasce um mago para cada elemento num intervalo de no máximo vinte anos.

Agora, uma geração incompleta: quando não nasce um mago para cada elemento.

Até o final da Segunda Era só houve uma geração completa, a primeira. Depois todas as gerações foram completas.

A Primeira Geração Completa foi composta por:

- Nathaniel Malter: O primeiro Mago Elemental, com afinidade para água. Nasceu no que hoje chamamos de Mizu.




- Phyreon Thrower: Segundo Mago, de Raython. Nasceu 7 anos depois de Nathaniel.


- Lyonnel Watari: Nasceu poucos meses depois de Phyreon, no meio do nada também conhecido como Magma. Punha fogo na roupa e não se queimava.


- Milla Larck: Nasceu quase (quase) num ninho de dragão e descobriu que sabia voar com 7 anos de idade. Foi a maga que despertou mais cedo por uns 500 anos.


- Lothus Thrower: a rapa do tacho, nascido 14 anos depois do primeiro Mago. Ele colocou Raython inteira de cabelo em pé, mas logo todo mundo descobriu o motivo para ter dois magos nos Thrower.


Perceberam algo? Nathaniel, Lyonnel e Milla cresceram, tiveram herdeiros e morreram. Mas Phyreon e Lothus não. Eles cresceram, foram amaldiçoados e se pá estão andando por aí até hoje. Agora manjaram qual é a das gerações incompletas? Não nasceram magos da Terra e do Raio por SÉCULOS. Sempre foi Phyreon e Lothus no poder, sempre sempre sempre porque eles não tinham filhos para sucedê-los.

Até que nasceu a filha de Phyreon.

Assim, a geração atual no livro Ethernia é:

- Miyuki Malter: Não assumiu oficialmente ainda porque seu pai não abdica do império. Porém, como ele não tem condições psicológicas para governar, ela cuida das coisas. Inclusive, quem vai às reuniões é ela. Miyuki administra Mizu e tem um forte indício de depressão. Detalhes no livro II.


- Windy Larck: Cuida de Draak, e cuida com maestria. Draak sempre foi o império mais bem desenvolvido, bem cuidado e bem tudo, porque sempre teve as melhores e mais bem educadas governantes do continente. Elas sempre sabem o que estão fazendo…

- Housenka Watari:… ao contrário do regente de Magma. Housenka assumiu o cargo do pai com dezessete anos, e ele não sabia muita coisa sobre como governar… mas ninguém liga, já que não tem nada em Magma, só pó e pedra.

- Elektra Thrower: A princesa mimada eu acho que vocês já conhecem.
Onde dos nascidos, apenas dois já são imperadores. Elektra tomará o poder quando fizer 18 anos.

Ainda assim, a geração continua incompleta…

… Por enquanto.


Mas como os magos conseguiram seu conhecimento?

Essa é uma boa pergunta, gafanhoto.

Quando os magos da Primeira Geração mais velhos estavam com seus 14-21 anos, um elfo resolveu treiná-los. Não qualquer elfo, mas Mestre Zephirus, que é muito foda e eu sinto muito por não citá-lo fora de Tempestade.

Zephirus pegou Nathaniel, Phyreon, Lyonnel e Milla e ensinou a eles tudo que deveriam passar para as gerações seguintes, inclusive meia dúzia de regras chatas. Mas não só isso. Zephirus entregou a cada um deles um cajado e um robe. Phyreon levou o de Lothus, aliás.

Cada robe é mágico e eterno. Isso, meu amigo. Phyreon usa o mesmo robe que ganhou do velho elfo há 500 anos. Isso. Mas calma, ele tira pra lavar.

O robe é passado pra frente, como se fosse uma coroa. Cada um dos rapazes ganhou um casaco, e Milla ganhou uma saia.

Algumas garotas que nasceram depois odiaram o modelo de casaco masculino, gigante e todo errado, mas isso não era problema! A peça pode ser adaptada a uma medida diferente. Pode virar um vestido também. Pode virar qualquer coisa, só saber a magia certa.

Cada peça possui uma inscrição, que é única. Eu escrevi o significado em algum lugar, mas não sei onde :/

Os cajados são quase iguais. O que difere é o tamanho e a cor do brilho. O cajado foi feito com base no primeiro Mago, então o da água tem 2,10m porque Nathaniel tinha 1,93m de altura :v

Ah sim, cajados não variam a forma como os robes.
O brilho é:
Vento – verde
Água – azul cobalto
Raio – branco
Terra – azul bem claro
Fogo – vermelho
O que parece bem óbvio.

cajado de Lothus

Coisas estranhas

Uma coisa que ocorreu na Primeira Era foi que Milla Larck teve três filhos.

E nenhum deles era Mago Elemental.

Como ela era uma moça bem resolvida da vida, disse que não ia parir feito um coelho pra ver se sai um mago e resolveu cuidar das suas crianças e do seu império. Claro que o mimimi foi INFERNAL na cabeça dela (mimimi você precisa ter mais filhos, mimimi você tem que dar um herdeiro pra Draak, mimimi mimimi herdeiro mimimi mago mimimi), mas nada que uma ou duas magias ofensivas não resolvessem.

Deu que um belo dia apareceu uma camponesa morrendo na porta da Imperatriz dizendo que precisava falar com ela porque sua filha recém-nascida era amaldiçoada que Milla era maga, Milla era deus era poderosa linda xerosa podia tirar maldição mandinga carrapato mau olhado e trazer o amor de volta em três dias e isso tudo.

“Mandem essa doida entrar, pelo amor do Shenlong” – Milla disse.

“Senhora socorro salva minha filha senhora ela tem esse troço o povo quer queimar ela senhora vim correndo com ela ainda tá com metade do cordão umbilical senhora salva minha filha tira esse troço dela eles vão matar minha filha senhora socorro sem hora” – loop infinito.

“Me mostre então, o que ela tem” – A imperatriz sempre se comovia quando a palavra “queimar” tava no meio, afinal, ela quase foi queimada viva também, sabe como é.

A criança não tinha nada menos que uma marca, meus amigos. Uma gemarkeerd novinha, pequenininha no bracinho meio amarelado de líquido amniótico.

Aí soube-se que os magos em Draak eram aleatórios, e não hereditários, e Milla sambou na cara dazinimigas que queria vê-la parindo todo ano.

Há uma explicação científica para isso? Não. Só sabe que imperatrizes do vento não tem filhos magos, salvo casos em que o pai é mago. E também tem outra coisa: são todas meninas.

Grávidas sonham em ter filhas imperatrizes e outras grávidas abominam a ideia. Por que? Bem…

Milla disse para a mãe do bebê que quando a menina fizesse dez anos de idade, ela ia sair de casa e ir morar no castelo.

Para o resto da vida.

Largar mãe, pai, cachorro e periquito e estudar para governar um império. Algumas mães acham lindo, outras não querem perder a filha. Cada caso é um caso.

Finalizamos o artigo com um trecho novinho de Ethernia:


 Magos Elementais não eram chamados assim por acaso. Nascia apenas um por geração na família, geralmente o primogênito. Havia quatro famílias de Magos Elementais:

Os Thrower, nascidos em Raython: Phyreon e Lothus. Não se sabe por qual motivo nasceram dois magos nos Thrower, mas em dado momento, Lothus deixou sua casa e fundou Ethernia, dividindo a família definitivamente.

Os Malter habitavam as praias de Mizu, e atualmente eram dois apenas. Pai e filha, o imperador de fachada Mist Malter e Miyuki, quem realmente cuidava do império.
Em Draak, a família se chamava Larck, mas lá as coisas eram diferentes. Também por motivos desconhecidos, não havia hereditariedade. Filhos de imperadores nunca nasciam magos. Sempre era uma pessoa qualquer em algum canto do território. E sempre eram mulheres. As garotas eram reconhecidas por suas marcas, e trazidas ao castelo, onde eram criadas para governar, e recebiam o nome imperial. Atualmente só havia a imperatriz Windy.
Os Watari governavam o pedaço de inferno chamado Magma, e contavam hoje apenas com o irresponsável Housenka no comando do império. Não que isso representasse perigo real, já que o lugar era noventa por cento deserto.
Assim, cada mago controla um elemento. Os Thrower de Raython tinham afinidade para os raios; os Malter para água, Larck para o vento, Watari para o fogo.
E os Thrower de Ethernia, a terra.
Um mago podia aprender magia de outros elementos e élfica, mas isso demorava e a afinidade nunca era a mesma que seu elemento natural.
(Ethernia, páginas 70-71)

So long, e ajude a gente no Catarse!



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